sexta-feira, 24 de outubro de 2008

UMA IMAGEM QUE NÃO (ME) COLA



Segundo sei, em Espanha proibiram este tipo de publicidade ambulante. Penso que por cá, na legislação, é omisso. Isto é, não existe lei regulamentar. A verdade, ainda que me seja difícil de explicar, não gosto de ver uma pessoa a passear-se pela baixa com estes cartazes. Dá-me logo que pensar que só lhe faltam as orelhas de burro para parecer que anda de castigo.
Considero que todo o trabalho, desde que vise o desenvolvimento social e não retire dignidade ao seu autor é aceitável socialmente. Mesmo quando possa atentar contra essa dignidade social, desde que seja praticado pelo seu autor, com plena consciência do seu acto, e sem exploração de outrem, também aceito. Estou a referir-me, concretamente, à prostituição. Se eu mandasse era uma das primeiras medidas em que interviria. Acabava com a hipocrisia social e legalizava-a.
Voltando ao homem do cartaz, quanto a mim, e seguindo a mesma coerência, se ele fosse o dono do negócio, não estivesse a ser mandado, aceitaria. Assim, confesso que me mete alguma confusão. É como se este trabalho estivesse ferido de indignidade. Ou, no limite, se calhar, parece que estamos no Brasil ou noutro qualquer país da América Latina. Não sei, há qualquer coisa que transcende a minha racionalidade nesta apreciação.

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