sexta-feira, 24 de outubro de 2008

"REPÓRTER ESTRÁBICO": HOMENAGEM AO REI





Decorreu hoje na Igreja de Santa Cruz uma homenagem a D.Afonso Henriques fundador de Portugal. Como se comemora no próximo Domingo o Dia do Exército, e sendo o Rei o seu Patrono, foi depositada uma coroa de flores no seu túmulo pelo Chefe do Estado-Maior do Exército, General José Luís Pinto Ramalho.
Não há certezas pelos historiadores mas parece que D. Afonso Henriques, que aqui teria nascido e morrido entre 1109 e 1185, juntamente com o seu filho D. Sancho I, repousam em túmulo, na Igreja Românica de Coimbra, desde, entre 1515 e 1520. Por ordem de D. Manuel I foram trasladados, por essa altura, para esta cidade, os seus restos mortais.
Ainda tentei entrevistar o Rei, mas tal não se tornou possível. Desde Julho de 2006, em que uma equipa de investigadores da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade de Coimbra tentou abrir o túmulo, que o Ministério da Cultura não deixa ninguém chegar perto da sua pessoa.
Mas está mal! E sabem porquê? Porque há muita coisa para esclarecer. Sobretudo, é preciso saber se, de facto, ele bateu na mãe, D. Teresa, ou não. Tudo indica que sim, pelo menos, na Batalha de São Mamede, sabe-se, andaram à “porra-e-à-massa”. Ora, assim sendo, se bateu na mãe, de certeza absoluta que também bateu na mulher. Continuando a especular, isso é violência doméstica. Se, por um lado, está explicada esta propensão que os portugueses têm para dar uns “sopapos” na cara-metade, por outro, seguindo o exemplo do juiz espanhol Baltazar Garzon, em que se propõe a abertura de uma investigação sobre as atrocidades de Francisco Franco, na Guerra Civil Espanhola (1936-1939), aqui, no Condado Portucalense, o Ministério Público também deveria mandar investigar a violência doméstica do rei. A violência caseira é crime público, e, portanto, não me venham cá falar na prescrição e outras desculpas para a (má) acção do filho da mãe que se esqueceu que mamou o leite materno e depois, de engordar e crescer, chegou-lhe a “roupa ao pelo”. Ou há moralidade ou comem todos.

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