domingo, 25 de maio de 2008

UM NOVO LIVRO QUE AÍ VEM


BANDA DE LORVÃO (FILARMÓNICA BOA VONTADE LORVANENSE),SOB A DIRECÇÃO DO MAESTRO ADRIANO ALMEIDA, AQUANDO DA SUA BRILHANTE ACTUAÇÃO NA BAIXA DE COIMBRA, HÁ CERCA DE TRÊS MESES. UM MIMO!

(TRANSCRIÇÃO DE UM PREFÁCIO QUE ME FOI PEDIDO PARA UM LIVRO QUE ESTÁ NO PRELO E PRESTES A VER A LUZ DA AURORA)

PREFÁCIO
Já há muitos anos que me habituei a ler as cartas de João José de Seixas, na página do “Fala o Leitor”, do nosso querido Diário de Coimbra, que, a propósito, precisamente hoje, dia 24 de Maio, faz 78 anos. Parabéns ao nosso velho “Calinas”.
Dizia eu então que sou um “cliente” fiel das mensagens do José Seixas. Os seus escritos, profundos e sempre duma acutilância impressionante, transmitem o saber de alguém que sabe do que escreve. Ele vai de “A Trapaça do Novo Código Laboral” até um “Aguenta Zé Povinho!”, isto é, de uma análise empírico-jurídica, vista à luz de um homem que subiu a corda a pulso, até à mais dissecada e elementar prosa popular.
Como também (des)carrego a minha auto-estima naquela página de vez em quando, como quem diz, quando o “corpo” Redactorial do jornal quer, um dia entrou pela minha porta-a-dentro um homem simpático que me interrogou: “O senhor é o Luís Fernandes, aquele que escreve no Diário de Coimbra?” Prazer! Sou o José Seixas, também escrevo, não sei se já leu alguma coisa minha!”
A partir daí, fomos falando e trocando impressões acerca de como o jornalismo nacional ou regional trata mal o seu leitor que escreve. Tantas vezes fotógrafo, repórter descritivo sem opinião, jornalista e colunista de opinião. É uma riqueza que lhes entra gratuitamente na redacção do jornal e, habitualmente, não é aproveitada. Parodoxalmente, estes escritores de bolso –como eu- chegam a ser desprezados. Tantas cartas que escrevemos para o jornal, que não são publicadas, e para lá ficam abandonadas ao pó, sem que vejam a luz, e sem uma única satisfação. É frustrante para quem escreve. Tantas vezes dou por mim, em desânimo, a pensar: esta foi a ultima que mandei. Nem mais uma. Mas, em verdade, no dia seguinte, a fúria passa, e lá vai mais uma cartita…que pode ser ou não publicada, como óbolo mirabolante que se dá a indigente. Tantas vezes, eu e o José Seixas, comentámos este tratamento desrespeitoso para quem escreve pelo prazer simplesmente, sem ter em conta qualquer contra-pagamento remuneratório. Até parece que o que não se paga não presta! Comentámos, em uníssono, como diapasão numa orquestra.
Então, há dias, entra o meu amigo José, e, por entre umas frases de ocasião, atira: “Olhe, ó Luís, queria pedir-lhe um favor!”. Claro que sim, atire homem, replico. Mal sabia eu na tremenda responsabilidade que o José Seixas iria colocar nos meus ombros. Continuou o meu amigo, “sabe, escrevi um livro e gostava muito que o Luís escrevesse o prefácio”. Tentei dissuadi-lo de tal intenção, porém debalde. Bem argumentei que ao pé dele sou pequenino, mas nada o fez desviar. Pronto, homem! Se assim quer, assim seja, venha lá o livro!
E aqui estou eu, um insignificante escriba, a prefaciar os “PENSAMENTOS PROVEITOSOS” do meu amigo João José de Seixas.
Este livro, que recomendo vivamente, é uma bíblia universal de bons conselhos. São PRINCÍPIOS, hoje, em desuso, mas que num tempo apopléctico, em que tudo passa a correr, faz todo o sentido. Costumo fazer uma separação fundamental entre PRINCÍPIOS e VALORES. Para mim os PRINCÍPIOS estão para a humanidade como as artérias principais estão para o corpo humano, isto é, para além da sua imutabilidade, são a vida, são o lastro principal duma sociedade. Contrariamente, a meu ver, os VALORES serão, metaforicamente, como pequenas ramificações sanguíneas para o corpo humano, que por serem mais ínfimos na escala de importância, são mais dinâmicos, e, por isso mesmo, estão mais sujeitos à modificação e a uma erosão natural. Para uns “vivemos em tempos que nunca se viu nada assim”, para outros é o caminhar rumo ao diferente –melhor para uns, péssimo para outros-, e o paradigma de que o presente já foi. Tudo é futuro. Estes serão os VALORES sempre em mudança que hoje vivemos.
Depois desta minha sucinta e sincera explicação, penso que dá para entender a elevadíssima importância dos “PENSAMENTOS PROVEITOSOS”. É um livro que dará gosto ler e estará sempre actual hoje ou daqui a um século. Não tenho dúvidas em dizer que é um livro que deve estar sempre colocado em cima da mesinha de cabeceira e à noite, antes de adormecer, deve ler-se e degustar-se umas quantas páginas. Não é livro de ornamentação de biblioteca. É prático, didáctico, simples e de grande espectro literário, onde o bem deve prevalecer sobre o mal. É lógico que não devemos dividir a sociedade nesta ambivalência. Para além do preto e do branco existe o cinzento, mas até aí os “PENSAMENTOS PROVEITOSOS” dá a possibilidade de o leitor os descobrir paulatinamente.
LUIS FERNANDES

1 comentário:

Francisco Castelo Branco disse...

Ola! Vi o seu blogue e gostei bastante. Tem muito conteudo e bastante interesse......
Tenho um blogue . É www.olhardireito.blogspot.com ..... Gostava que o visitasse e desse uma opinião....

Obrigado pela atençao

Cumprimentos