sexta-feira, 21 de setembro de 2007

ELEGIA A UM ANJO MEU

Eu posso ser o teu olhar ,
o poiso-feliz da tua alma,
o porta-aviões para aterrares,
o jardim da tua calma;
Posso até ser a tua Lua,
o mar da tranquilidade,
quem sabe, ser a alma tua,
a recordação da saudade?!
Posso ser o que tu quiseres,
o teu sonho, o teu demónio,
posso ir onde estiveres,
ser citadino ou campónio;
Sei que um dia muito sofreste,
deixa partilhar contigo a tua dor,
afinal, estás viva, não morreste
deixa-me ser o teu amor;
Encosta-te a mim,
deixa-me ser o teu confessor,
quero fazer tudo por ti,
imagina-me o teu salvador;
Sei que sei pouco,
e nem leio o teu olhar,
posso até parecer-te louco,
certamente, estranho, se calhar;
Posso até ser um vadio de amor,
um pedinte, entendendo a mão,
não quero bens, quero calor,
perguntas: o que queres tu então?
Quero pegar na tua alma ao colo,
ser o dono do teu corpo,
posso rastejar no solo,
sei que pensas que sou lorpo;
Mas eu sei que não sou não,
sou apenas sonhador,
o que serei eu então?!
Quero apenas ser o teu amor.

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